Déficit de Biomassa em Mato Grosso alerta mercado de Lucas do Rio Verde com expansão do Etanol de Milho

O rápido avanço da indústria de etanol de milho em Mato Grosso está gerando um déficit no mercado de biomassa de floresta plantada, um desafio crucial para a sustentabilidade energética do estado. O alerta foi emitido durante evento da Expedição Silvicultura, sediado em Lucas do Rio Verde, pela Associação de Reflorestadores de Mato Grosso.
A madeira de reflorestamento é a fonte renovável preferencial nas caldeiras das biorefinarias de etanol de milho, usadas para mover turbinas e gerar energia térmica. No entanto, o ritmo de novos plantios não está acompanhando a expansão do biocombustível.
A urgência no plantio se deve a uma preocupante migração para outras fontes. O estado viu o consumo de lenha dobrar entre 2021 e 2024. Clair Baiviera alertou que a dependência da biomassa nativa é preocupante, especialmente em um contexto de descarbonização da economia.
Apesar do desafio, Mato Grosso é reconhecido pelo seu potencial no mercado de biomassa plantada. O secretário-geral da Arefloresta, Fausto Takizawa, destacou o papel das florestas plantadas como fontes renováveis mais sustentáveis do que combustíveis fósseis.
A cidade de Lucas do Rio Verde sediou o evento da Expedição Silvicultura na última quinta-feira (09), com apoio da Arefloresta e do Sindicato Rural local.